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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
JOSÉ ADIAK MONTOYA

Foto: https://es.wikipedia.org/

 

 

 

JOSÉ ADIAK MONTOYA

 

 

Poeta e romancista nicaraguense, (Managua, 3 de junio de 1987)

Em 2007 publicou Eclipse, seu primeiro livro, em que inclui poesia e narrativa.  Em 2012 obteve uma bolsa de escritor do governo do México.

Radicado na Cidade do México desde 2018.

 

 

TEXTO EN ESPAÑOL  -  TEXTO EM PORTUGUÊS

 

 

 

IX FESTIVAL INTERNACIONAL DE POESÍA DE GRANADA, Nicaragua 2013.  Memoria Poética. 121 Poetas / 56 países.  Managua, Nicaragua:  Fundación Festival Internacional de la Poesía de Granada, 2014.  220 p.  ISBN 978-99964-896-2-4

 

Na capa: reprodução do cartaz do evento.  Inclui poemas dos convidados e uma foto coletiva. Inclui os poemas brasileiros: Thiago de Mello e Floriano Martins. 
Ex. bibl. Antonio Miranda
 

 

 

Manifiesto de distancia

 

 Sé que el mundo tendrá otra infancia,
Lejos,
Llena de piedras grises estará la infancia.
Mi pelo,
Lejos,
También será otra cosa,
Será nieve,
ausencia,
frío.

Mis ojos serán dos forasteros,
Aprenderán a decir nuevos colores
Como pequeños sobresaltos
Crecerán mis ojos.
Lejanos de tiempo,
Lejanos de azar,
Lejanos de vos...

Pero vos lejos serás la misma,
La que reía sin acento,
La de la voz en la mirada,
La que gobernó sin Pueblo sobre el olvido,
La detuvo crepúsculos para devorarlos...
Por eso lejos no alcanza en vos,
Aunque el mundo sea otro,
Mi voz otra,
Otros mis ojos,
Otra mi infancia.

 

 

TEXTO EM PORTUGUÊS

Tradução de ANTONIO MIRANDA 

 

 

 Manifesto de distância

 

 Sei que o mundo terá outra infância,
Longe,
Cheia de pedras cinzentas estará a infância.
Meu cabelo,
Longe,
Também será outra cosa,
Será neve,
ausência,
frio.

Meus olhos serão dois forasteiros,
Aprenderão a dizer novas cores
Como pequenos sobressaltos
Crescerão meus olhos.
Distantes do tempo,
Distantes do azar,
Distantes de você...

Mas você longe será a mesma,
A que ria sem acento,
A da voz na mirada,
A que governou sem Povo sobre o olvido,
Deteve-a crepúsculos para devorá-los...
Por isso longe não a alcança,
Embora o mundo já seja outro,
Minha voz outra,
Outros os meus olhos,
Outra minha infância.

 

 

*

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http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/nicaragua/nicaragua.html

 

 

Página publicada em abril de 2021


 

 

 
 
 
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